15 de agosto de 2010

TEATRO - A Alma Imoral

Hoje fui assistir à peça "A Alma Imoral" e fiquei encantada! Recomendo à todos! Amanhã vou correndo à livraria comprar o livro.

Abaixo segue sinopse da peça:

A atriz Clarice Niskier adaptou para o teatro, o livro de "A Alma Imoral" de Nilton Bonder, com o objetivo de mobilizar o pensamento e a emoção do espectador contemporâneo. "A Alma Imoral", descontrói e reconstrói conceitos milenares da história da civilização. Conceitos de corpo e alma, certo e errado, traidor e traído, obediência e desobediência.

É um espetáculo que tem como base histórias do velho testamento, parábolas de sabedoria judaica, além de informações históricas e científicas. O monólogo aproxima temas como religião e biologia.

No Teatro Augusta - Rua Augusta, 943

TEMPORADA PRORROGADA até 12/09/2010.

Sala Nobre 302 Lugares
Horários:Sextas 21h30/Sábados 21h00/Domingos 19h00
Ingressos:Inteira: R$ 50,00 / Meia- entrada: R$ 25,00 - Mediante a apresentação do comprovante.

Trecho da peça:
“A evolução da espécie está no silêncio do pai que ergue a faca para matar um filho por ordem divina e a detém. Um silêncio que cada homem e cada mulher conhece em sua vida pessoal e coletiva. Um silêncio desafiador, que responde a um impulso interno de sagrada desobediência, uma desobediência que o homem sonha em integrar à paz, à paz que não se fará no estabelecimento de um mundo ideal para um corpo imutável, não se fará através do clone, mas através do mutante, porque o nosso ser é um ser em transformação, tem alma e não é uma alma boazinha como nos fizeram acreditar, mas uma alma profundamente imoral e isso não tem nada de satânico.

É que transformaram Satã num espantalho que nos afasta das mudanças. Satã é tudo aquilo que nos embota os sentidos e que nos embota a consciência – é que é mais fácil e conveniente apresentar Satã como um possível resultado do risco do que o apresentar também como o pesadelo da acomodação. Se os que mudam radicalmente de emprego, se os que refazem relações amorosas, se os que perdem medos, se os que rompem, se os que traem, se os que abandonam os vícios experimentam a solidão é possível que essa solidão seja quebrada no encontro com outros que conheçam essas experiências.

Haverá pior solidão do que a ausência de si?"

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