7 de novembro de 2010

Mal de Alzheimer - O que é e dicas aos cuidadores!

Mal de Alzheimer

Doença neurodegenerativa progressiva e irreversível do sistema nervoso central que apresenta a perda da memória e distúrbios cognitivos importantes que afetam o convívio social.

Estudos histopatológicos demonstram que há uma grande atrofia cortical (diminuição do tamanho do encéfalo). Existe a presença da proteína beta amilóide nas placas senis. Ocorre também alterações da sinapse (comunicação entre um neurônio e outro) devido ao transtorno de transmissão nervosa e a presença de um emaranhado neurofibrilar (são alterações intracelulares verificadas no interior dos neurônios, mais comuns nas estruturas do encéfalo como hipocampo – área da memória).
Um estudo realizado por Fridman e colaboradores em 2004 demonstrou que a faixa etária atingida é baixa em pessoas entre 30 a 39 e tende a aumentar na faixa etária entre 80 a 90 anos.

Os estudos de DA familiar deixam claro que existe um componente genético bastante importante para o aparecimento da doença, fazendo com que o estudo de genes candidatos permita uma compreensão maior da mesma, abrindo caminho para futuros estudos terapêuticos, Fridman 2004.

Estudos informam que o uso da ginkobiloba pode auxiliar no tratamento da Doença de Alzheimer por estimular áreas do hipocampo (relacionada com a memória).


Orientações a cuidadores:

- Estabeleça rotinas que mantenham a normalidade da vida familiar;

- Evite destinar o cargo de cuidador a apenas um membro da família. É
importante que exista um rodízio entre os familiares para que ninguém fique esgotado e que isso venha refletir de forma negativa para o doente;

-Incentive a independência do portador da DA. Muitas vezes é necessário que tenha as suas atividades supervisionadas pelo cuidador, mas o cuidador não deve impedir que ele realize as suas atividades cotidianas;
- Evite discutir sobre as condições do portador na sua presença;

-Evite conflitos e confrontos. A doença ocasiona momentos de agitação e agressividade que podem parecer propositais, mas não são. O mais prudente é evitar situações que ocasionem tais alterações de comportamento;

-Não complique os questionamentos. Direcione perguntas que possibilitem respostas fáceis como sim ou não, isso ajuda muito no momento da alimentação e para identificar a sensação de calor ou frio, do portador;

-Mantenha o senso de humor saudável e respeitoso, além de incentivar isso no portador, que tende a ficar menos estressado com diversas situações;

- Torne a casa segura de tal forma a evitar possíveis quedas e situações de perigo;

-Incentive a atividade física respeitando as limitações do portador. A ajuda de um fisioterapeuta é sempre bem-vinda;

-Incentive o portador a manter suas habilidades pessoais e profissionais enquanto a evolução da doença permitir;

-Mantenha a comunicação verbal ou através de contato físico e gestos se a evolução da doença assim o exigir.

Fonte: Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ)

Um comentário:

Eloisa Floriano Fasulo disse...

Sempre importante ler mais e mais sobre este problema tão grave e tão difícil de lidar.
Muito bom.beijos.